(ANS – Jorhat) – Depois do sucesso da 1ª edição do festival “Ethnique”, repete-se neste ano esse encontro com a resenha de cultura, música e tradições, dos jovens de etnia ‘mising’. O evento realizou-se de 4 a 7 de janeiro de 2013 nos amplos ambientes da obra salesiana ‘Dom Bosco-Life Plus’.

O festival iniciou na tarde de 4 de janeiro, tendo como convidado de honra, J. Taku. No discurso de abertura, o P. Thomas Kayyalackal SDB, Diretor da Obra salesiana e promotor do festival, sublinhou como todas as diferenças culturais e étnicas são dons dados por Deus à humanidade e que é mesmo valorizando estas diferenças que se constroem tanto o indivíduo quanto a comunidade.

Conservando o esboço da primeira edição, o festival manteve como diretos protagonistas os jovens ‘misings’ que frequentam o projeto de educação informal I-Card (ou a Associação “Young Misings Association”): cerca de 200 jovens e adolescentes, em sua maioria jovens que deixaram a escola e que ainda não participam plenamente da vida das suas comunidades. Para a ocasião, foram justamente eles cuidar toda a preparação e a realização do festival (da preparação dos espaços à iluminação, da realização e venda de produtos artesanais às atuações artísticas;  da produção de documentários à cozinha típica).

Como específica novidade nesta edição se sublinha a participação da escola de dança “Rhythm of Dance”, apresentada entre os aplausos do público no dia 6 de janeiro. Outras atrações especiais foram as multíplices pequenas encenações pelos jovens ‘misings’, que representaram racontos tradicionais da sua cultura e os vários rituais que ritmam a vida das suas comunidades. Escopo do festival, de fato, além de apresentar a cultura mising aos visitantes externos, era recordar aos mesmos jovens tribais a importância da pertença a uma comunidade. “Somos orgulhosos de ser ‘misings’ e felizes de mostrar a riqueza da nossa cultura, os trajes, os rituais” – disse Rakesh Kuli, aluno na obra.

O festival Ethnique, programado na primeira semana de janeiro de cada ano, arrancou também nesta segunda edição muitos consensos e, se a estrutura de base permanece a mesma “as novas ideias são sempre bem-vindas” – como afirma o P. Kalapurackal. O interesse do público por quanto foi exposto ficou evidente, e várias doações, em dinheiro e em bens, facilitaram a realização do festival.

“É um festival estupendo, onde se vai conhecer as comunidades misings; só falta maior publicidade, para permitir ao grande público apreciar este belo evento” – disse a Profra. Nazrine Shamim Ahnmed –. “Nós plantamos a semente, agora vê-la-emos crescer – acrescentou o P. Kalapurackal –. Com a colaboração da mídia e o apoio ativo dos visitantes, Ethnique é uma aposta vencedora e, para estes jovens em perigo de serem excluídos socialmente, um sonho que se torna realidade”.

Publicado em 16/01/2013