Vaticano – Cardeal Filoni no Iraque para levar a proximidade, o afeto e a oração do Papa |
RMG – O Reitor-Mor relança o apelo do Papa pelos Cristãos do norte do Iraque |
(ANS – Bagdá) – Suscita preocupação em nível internacional a lei sobre a Carta de identidade nacional,aprovada pelo Parlamento iraquiano no dia 27 de outubro passado,que impõe a passagem automática à religião islâmica dos menores, mesmo quando um só dos pais se converta ao islão.
“Esta norma é uma das mais discriminatórias,porque totalmente desrespeitosa da civilização do Iraque.A lei representa uma ameaça à unidade da nossa Nação,ao pluralismo religioso e ao princípio de aceitação da diversidade do outro” – escreveu o Patriarca caldeu Louis Raphael I Sako, num comunicado relançado pela Fundação de direito pontifício “Auxílio à Igreja que Sofre”.
Os representantes cristãos,apoiados também por parlamentares pertencentes a agrupamentos diversos,tinham pedido a modificação do texto, propondo acrescentar ao texto uma frase,para estabelecer que no caso de conversão ao islão de um pai,os menores permanecessem, na religião originária de pertença, até aos 18 anos,para depois optar pela religião em que ficar com plena liberdade de consciência.Mas a proposta não foi aprovada.
Nestes dias centenas de pertencentes às minorias religiosas se manifestaram perante a sede da missão ONU - Organização das Nações Unidas – em Erbil, pedindo ao Presidente que não aprove a lei.
Agora caberá ao Presidente iraquiano,Fuad Masoum,decidir se aprovar o texto,rejeitá-lo ou exigir emendas.
“Se a norma entrar em vigor – concluiu o Patriarca Louis Raphael – faremos ouvir a nossa voz em todo o mundo,a fim de que a Assembleia dos deputados iraquiana responda acerca disso perante o tribunal internacional”.
O Papa Francisco chamou com frequência a atenção para a importância da liberdade religiosa.“A liberdade religiosa é um direito humano fundamental– disse no dia 14 de janeiro passado durante a sua Viagem Apostólica, no Sri Lanka –. Cada pessoa deve ser livre,sozinha ou associada a outros,de buscar a verdade,de exprimir abertamente as suas convicções religiosas,livre de intimidações e coações externas”.
Publicado em 13/11/2015