Itália – Encontro do Reitor-Mor com os noviços e noviças |
Espanha – “Os jovens indignados pedem um modelo com maiores oportunidades” |
(ANS – Rimini) – De volta das intensas jornadas de Madri, Pe. Pascual Chávez, Reitor Mor dos Salesianos, fez intervenção no Meeting de Rimini, tradicional encontro de confrontos e debates promovido pelo movimento “Comunione e Liberazione”.Na sua reflexão, o Reitor Mor tocou o tema da formação profissional e da importância de sua valorização.
“Nós, Salesianos da Itália, solicitamos firmemente ao Ministro da Instrução Pública e ao Ministro do trabalho, ao Governo do qual fazem parte e às Regiões que valorizem e mantenham institucionalmente a oferta dos percursos experimentais trienais de Formação Profissional Inicial, aos quais se possam inscrever rapazes e moças após a escola média atual”. É este um pedido explícito formulado por Pe. Chávez ontem, 22 de agosto, no âmbito do confronto “Jovens e formação: todos habilitados para uma vida como protagonistas”.
À mesa dos relatores, junto com Pe. Chávez, estavam presentes o Ministro do Welfare, exmo Sr Maurizio Sacconi; o Presidente e Cofundador de “Los Angeles Habilitation House”, dr. Guido Piccarolo; e, com o encargo de introduzir os trabalhos, o dr. Dario Odifreddi, Presidente da Fundação Piazza dei Mestieri.
Chegada a sua vez, o Reitor Mor sublinhou antes de tudo a necessidade da parte do mundo dos adultos de colocarem-se à escuta das jovens gerações e de ir ao encontro de suas exigências. “Os jovens procuram qualidade de via, procuram espiritualidade e transcendência, procuram um acompanhamento da parte de adultos que os escutem, os entendam e sejam capazes de orientá-los”.
Na sua reflexão, Pe. Chávez recordou a validade da experiência salesiana no tema de formação profissional: desde mais de 150 anos, os salesianos estão empenhados no setor, motivados pelo “gosto de educar” e pela consideração de que nem todos os jovens são chamados ao mesmo tipo de estudos. A formação profissional salesiana foi exemplo para os modelos legislativos de vários países, Itália inclusive, e em muitos casos , os jovens que frequentavam as escolas profissionais salesianas aprenderam não somente uma profissão, mas também “aprenderam a aprender”.
Centros de formação profissionais salesianos surgiram em todos os continentes e dezena de milhares de ex-alunos ali formados ofereceram a sua contribuição para o desenvolvimento industrial de seus países.
A reflexão de Pe. Chávez também remarcou a extraordinária invenção de Dom Bosco do salesiano coadjutor, através da citação do senador Spadolini: “O coadjutor salesiano, a figura do religioso leigo salesiano, permitiu que não se transformassem os laboratórios em depósitos para as fábricas do tempo (...) mas em lugares onde se visava a formar o homem que trabalha”.
A receita salesiana, fortalecida também pelos números e pelas estatísticas, é atual ainda hoje: “além de responder com flexibilidade aos diversos estilos de aprendizagem dos jovens – prosseguiu pe. Chávez – se coloca também na ação “preventiva” da dificuldade que rapazes e moças encontram quando abandonam a escola”.
A conclusão do Reitor Mor foi uma concreta sugestão operativa: num momento no qual se querem realizar amplas reformas que incidem sobre o total do sistema educativo de nosso País, “deve-=se intervir com um novo empenho educativo, pedagógico, didático e de orientação”, sobretudo no biênio sucessivo às escolas médias inferiores, no qual se concentra a maior parte dos abandonos escolares.
Publicado em 23/08/2011