(ANS – Recife) – Ouvimos com frequência falar de crime cibernético ou cibercrimes. No entanto, o que significa exatamente isso e como dele se proteger – o que não é tão simples –, são  dúvidas que pairam por sobre a cabeça do usuários das redes sociais em todo o mundo. Para tentar responder a essas perguntas e auxiliar os pais no acompanhamento dos filhos, o assessor de comunicação da Polícia Federal, Giovani Santoro, ministrou uma palestra intitulada "Cibercrimes: saiba como se proteger", nessa quarta-feira, 9, no auditório João Paulo II.

Santoro avaliou, inicialmente, que na atualidade o acesso à rede é indispensável, mas que, sem o uso adequado, causa dependência, e isso provoca, na opinião do especialista, “a era da solidão acompanhada”. Com base em diferentes definições de crime cibernético, Santoro pontuou que “qualquer delito em que tenha sido utilizado um computador, uma rede ou um dispositivo de hardware pode ser definido como crime cibernético”.

Afirmou em seguida que a criminalidade tradicional migrou para o mundo virtual, transformando-se na cibercriminalidade, assumindo muitas formas, acontecendo a qualquer hora ou lugar, dependendo dos métodos, das habilidades e dos objetivos dos criminosos que usam o ‘submundo’ (‘deep web’) da Internete para praticar crimes, como estelionato, difamação, injúria. Além desses, Santoro lembrou outros crimes cibernéticos, como assédio e molestamento na Internete, violência contra crianças, extorsão, chantagem, manipulação do mercado de valores, espionagem empresarial complexa, planejamento ou execução de atividades terroristas.

Conforme Giovani Santoro, a Polícia Federal do Brasil dispõe de tecnologia de ponta e profissionais extremamente preparados para desvendar todo tipo de crime praticado através das redes sociais.

Baseado em alguns autores, como Susan Greenfield, o palestrante alertou acerca do efeito “alzheimer” da internete, que leva as pessoas a não mais distinguir o mundo real do virtual. Para tanto, apresentou alguns casos em que pessoas foram mortas por terem sido julgadas pelos tribunais das redes sociais.

Deu finalmente algumas dicas para o usuário se proteger. Entre elas constam: nunca explorar a intimidade na rede; nunca compartilhar ou permitir gravações da vida íntima com os parceiros; tomar cuidado com a inclusão de informações em demasia em seu perfil; não postar em excesso sua rotina; e nunca adicionar desconhecidos em seu perfil.

Publicado em 16/12/2015