(ANS – Freetown) – Com a finalidade de combater as injustiças, o Diretor da Ongue salesiana ‘Don Bosco Fambul’, Sr. Lothar Wagner, Salesiano Irmão, pediu a imediata libertação de 80 detentos que estão sob custódia há mais de três anos, sem acusação, na prisão central de Freetown.

Wolfgang Kofler, funcionário da Assistência Legal, do ‘Don Bosco Fambul’, revelou que no momento há um total de 80 pessoas detentas há mais de três anos, sem nenhuma acusação. Declarou que esses detentos já vão perdendo a esperança de conhecer o seu destino, não sabem o que lhes riserva o futuro e estão sem nenhuma perspectiva de vida, coisa que, para quem é detento, representa um problema psicológico muito grave.

“Pudemos obter estas informações por meio de colóquios pessoais com os presos, passando de uma cela a outra, visto que trabalhamos cotidianamente dentro do cárcere, e mediante a avaliação do registro da prisão, do que se depreende que eles ali estão presos há mais de três anos”. O Assistente legal declarou além disso que a maior parte dos crimes são de pequena monta e tais de não justificar sua permanência na prisão por tanto tempo sem nenhuma acusação.

“A injustiça é mais que evidente, baseados nos dados de que dispomos até agora. Nós, do ‘Don Bosco Fambul’, pedimos a imediata libertação de todos esses 80 detentos. Enviamos a lista com os nomes dos detentos ao Ministério Público (‘Director of Public Prosecution’), ao Procurador geral, à Polícia de Serra Leoa, à Secretaria do Chefe de Estado Maior junto à Presidência…” – reporta o Sr. Wagner.

O salesiano também declarou não estar apenas pedindo a libertação imediata mas também pedindo que o Governo, através dos seus sistemas legais, atue uma reforma que impeça semelhantes situações em todo o País: “Entre outras coisas, estamos pedindo que seja adequadamente ativada uma lei que permita aos detentos conhecer, num tempo mais breve possível, as acusações que se lhes dirigem; que preveja a monitoração frequente dos detentos e das suas condições de saúde; e que se lhes permita dispor de representação junto à Comissão dos Direitos Humanos e junto à Secretaria do Ministério Público”.

Publicado em 07/08/2015