Itália - Abertura da Porta Santa em Mornese |
Itália – Abertura do Capítulo Geral 23 das Filhas de Maria Auxiliadora |
RMG – 5 de agosto 1872 - 5 de agosto de 2014. Profissões das FMA |
(ANS – Roma) – O dia 7 de outubro de 2014 é uma data significativa para todo o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora e para Mornese, onde, há 150 anos (era o ano de 1864), pela primeira vez chegou Dom Bosco e se encontrou com a população. Celebramos, por isso, um evento histórico neste tempo de preparação ao Bicentenário do nascimento do Santo.
Por FMA
Lê-se na Cronistória: "Dom Bosco chega a Mornese no dia 7 de outubro à tarde, é uma sexta-feira, e também é a festa de Nossa Senhora do Rosário, chega com uns oitenta meninos, os melhores de Valdocco, montado num cavalo branco, providenciado Dom Pestarino. Alguns tocam na banda e têm os seus instrumentos, outros declamam, de modo particolar Gianduia. À beira da estrada que leva à cidade, os mornesinos acenderam fogo, como sinal de alegria e de festa... Dom Bosco depois de haver estabelecido várias relações no território, deixa Mornese...".
Dom Bosco veio a Mornese, tomou conhecimento daquilo que se estava fazendo, alguns meninos do lugar passaram a estudar nas suas casas: em Valdocco, em Lanzo Torinese ou em Alassio. E encontrou três pessoas significativas à sua missão educativa: o Cônego Alimonda, Maria Domingas Mazzarello (Main) e Dom Giovanni Battista Lemoyne, que lhe pede para ser salesiano.
Nasceu daqui, com o tempo, um interesse recíproco entre o grupo de meninas e Dom Bosco e, de modo particolar, entre o Santo e Main. "M. Mazzarello tem 27 anos, e alguém achou que entre ela e Dom Bosco tenham nascido o respeito e a atenção, porque Don Bosco na sinceridade que transparece reviu a serenidade, o empenho, a fé e a constância de sua Mãe, Mamãe Margarida".
Desde então, entre o Fundador e a futura Fundadora desenvolve-se uma relação de reciprocidade baseada não somente na direção espiritual, mas na missão educativa. A relação de reciprocidade que eles mantêm é feita de gratuidade, partilha e comunhão. A partir dos anos 1862-1869 percebe-se, por parte de Dom Bosco, a intuição do valor pessoal, do significado espiritual e do valor moral do grupo das Filhas da Imaculada, enquanto por parte de Maria Domingas evidencia-se a significativa intuição da humanidade e da santidade de Dom Bosco, bem como do seu carisma educativo.
Lê-se na Cronistória: «Don Bosco chega a Mornese com os seus jovens em 1864 para abrir um colégio aos meninos do lugar. Maria olha para ele e exclama: “Dom Bosco é um santo, eu o sinto”. Dom Bosco visita a pequena oficina das Filhas da Immacolata e fica muito impressionado». Com o passar dos anos há uma mudança de “sentido”: de pontos de vista, de proposta-aceitação, de partilha, de colaboração em vista do surgimento e da consolidação de uma nova realidade para a qual convergem os dois “polos” da relação, “correspondendo” não apenas psicologicamente e espiritualmente, mas também historicamente. De fato, Maria Domingas foi para Dom Bosco um verdadeiro “auxílio” precisamente pela sua compreensão e intuição feminina na percepção do carisma salesiano, e pelo seu empegno total e absoluto ao levar à realização um desígnio providencial. A sua contribuição na fundação do Instituto foi, portanto, substancial.
Mornese hoje é uma cidade de aproximadamente 750 habitantes e é um lugar ainda cheio de vida.
Publicado em 01/10/2014