(ANS – Roma) – Dom Bosco manteve sempre uma fidelidade filial ao Papa. Essa profunda atitude continua viva ainda hoje naqueles que, religiosos, consagrados e leigos, prolongam o seu carisma e empenho apostólico na Igreja e na Sociedade. É uma atitude que se renova hoje com a eleição do novo Sumo Pontífice, Papa Francisco.
No primeiro artigo do cap. 6 da edição italiana das Constituições (de 1875), Dom Bosco escrevera: “Os sócios terão por árbitro e supremo superior o Sumo Pontífice, a quem estarão em todos os lugares e tempos, humilde e reverentemente submissos”. Uma obediência filial, cheia de amor, de que o mesmo Dom Bosco deu exemplo.
Nas Constituições salesianas, renovadas em 1984, há dois artigos que fazem referência explícita ao Sucessor de Pedro: os artigos 13 e 125. “A Carta de Identidade Carismática da Família Salesiana de Dom Bosco”contém, por sua vez, a mesma indicação, e está embebida daquela filial fidelidade ao Papa que caracterizava Dom Bosco.
Sentido de Igreja
O artigo 13 – inserido na primeira parte e que descreve o perfil do salesiano religioso – também descreve aquela atitude de fundo: a identidade eclesial do espírito e da caridade pastoral do salesiano que se exprime num renovado “sentido da Igreja”, de fidelidade ao Papa, de comunhão com os Bispos e de empenho na edificação da Igreja Local. O artigo diz que o salesiano ama a Igreja, trabalha por seu crescimento, educa os jovens a amá-la. A razão desse amor se funda no fato de que a Igreja foi querida e amada por Jesus Cristo.
A filial fidelidade ao Sucessor de Pedro é uma característica salesiana. Quer a vida de Dom Bosco, quer a tradição o atestam. ‘Um desejo do Papa para nós é uma ordem’, “Estou realmente indignado – disse certa vez – pela pouca consideração que certos escritores reservam ao Papa... Nós nos devemos unir estreitamente em seu derredor ...”, “A finalidade primeira da Congregação foi, desde o princípio, sustentar constantemente e defender a autoridade do Chefe Supremo da Igreja entre as classes menos favorecidas da Sociedade e especialmente entre a juventude periclitante” – são algumas das frases que indicam a profunda dedicação de Dom Bosco à Igreja e ao Papa.
Dom Bosco foi, para os Papas que conheceu, um servidor extremamente atento. O salesiano ama o Papa e não esconde o seu amor para com Ele. Sabe propor aos jovens este seu amor e os torna atentos ao seu Mgistério, certo de dar assim a eles um Ponto seguro de referência na busca da Verdade.
O Sumo Pontífice, Superior supremo da Sociedade Salesiana
O artigo 125 – contido na 4ª parte, dedicada ao serviço da Autoridade – reconhecendo o Papa qual supremo superior da Congregação – descreve as atitudes da fidelidade filial salesiana para com o Sumo Pontífice:
Publicado em 15/03/2013