(ANS – Bonn) – Por que muitos jovens nos países em via de desenvolvimento emigram para as cidades, quando ali tudo o que os espera é uma vida de rua? A falta de perspectivas para muitos jovens e as atividades para contrastá-la foram os pontos focais do ‘Don Bosco Forum 2013’, feito em Bonn, sábado passado, 26 de janeiro. Participaram cerca de 250 pessoas.

O dia foi marcado pelo tríptico temático Cidade-Vila-Fuga, sobre o que se confrontaram amigos e protetores dos salesianos de Bonn. Falaram o P. George Menamparampil e Heidi Rehse, dançaterapeuta, que apresentaram o seu projeto e envolveram a assembleia numa dança.

O P. Menamparampil falou dos jovens indianos das zonas rurais. Mostrou de modo eficaz como, naquelas áreas, faltas de infraestrutura e serviços de base, seja quase impossível obter credenciais acadêmicas e chegar a achar um emprego. Também aprender a ler e escrever é um desafio naquelas escolas mal equipadas e sem o material necessário.

“Que fazem ali os Salesianos? - perguntou-se o P. Menamparil -. Nós acreditamos que também a mais pobre das crianças deva ter a melhor formação possível. Formação – teórica e prática –, mas também valores, que encorajem à criatividade e ajudem as crianças a tomar nas mãos a própria vida. Em termos específicos, sustentamos a formação profissional, que será de auxílio para o seu futuro e que não significa somente ensinar a pescar, mas antes a fazer piscicultura; não só ensinar a produzir mel, mas a criar abelhas selvagens, ou seja: chegar ao centro do comércio, realizar mais, trabalhando menos”.

“Cada projeto – continuou o religioso – deve ter um esquema para as mães. Só quando essas tiverem com que sustentar as suas famílias, poderão seguir a educação dos filhos. É por isso que quando se fala de como garantir um futuro para os jovens nas vilas, a resposta compacta é ‘desenvolvimento rural’”.

O segundo âmbito operativo são as grandes metrópoles. Em Mumbai (Ex-Bombaim), uma das maiores cidades do mundo, 50% dos habitantes vive em ‘barracos’. Muitos são crianças e jovens, vindos das vilas e ficando sem perspectivas. Também ali é preciso agir rapidamente, porque “quanto antes se iniciar a ajudar as crianças, tanto maior será a probabilidade de livrá-las do ciclo mortal da pobreza”. O instrumento é sempre a formação, que ajudará crianças e jovens a conseguirem uma vida independente.

Mas o primeiro passo nas ‘barracópoles’ consiste em conquistar a confiança dos crianças: quanto mais tempo a criança tiver passado na rua, tanto mais duvidará dos adultos. Por isso, os salesianos a primeira coisa que oferecem é comida e alojamento, Depois, acompanhando, analisam-se as oportunidades de educação.

O P. Menamparampil resumiu a sua fala com um apelo: “A migração é uma realidade. Podemos pensar que quem deixa a própria cidade de origem procura um futuro melhor, quer por problemas, quer por oportunidade. Mas é preciso ajudá-los”.

O evento encerrou-se na Celebração da Santa Missa na Paróquia de são Winfried.

Publicado em 01/02/2013