(ANS – Roma) – Joseph Kunle Ogundana, nascido em 1986, pós-noviço salesiano da Nigéria, está entre os cinco jovens africanos que receberão o mandato missionário no próximo dia 30 de setembro na Basílica de Maria Auxiliadora, em Valdocco, Turim. Seu destino será Bangladesh, terra muito diferente daquela em que nasceu. Mas ele é determinado. Sabe que deve seguir a sua vocação.

Sua convicção e determinação são profundas. Mas sabe também que não poderá fazer tudo sozinho; que tem necessidade de Alguém muito maior: “Vou porque tudo o que tenho quero partilhá-lo com eles. Vou para aprender a consciência da vida (....), para dedicar-me a uma Igreja que pede se tenha em mãos o Evangelho”. Entretanto, reconheceu, numa entrevista para o sítio da Fundação ‘Missio’ – organismo pastoral instituído pela CEI (Conferência Episcopal Italiana), reconheceu também: “Preciso que alguém me tome pela mão”.

A terra para onde irá, Bangladesh, é muito diversa da África, da sua Nigéria ou de Gana, onde também já foi missionário. O país asiático, culturalmente tão distante da sua realidade, com uma língua difícil, infunde também um pouco de medo. Por isso, o jovem estudante, antes de pensar naquilo que poderá dar na sua missão, deseja sentir o seu contexto.

“Ir a Bangladesh – admite – não é o que teria escolhido. Para ali fui mandado, e estou feliz. A situação é... espaventosa, porque difícil. É um país com uma população de 40 milhões de habitantes. Relativamente à Nigéria, é um país cinco vezes mais pequeno. Mas a sua população é quase a da Nigéria; portanto, é muito difícil levar serviços de base. Há muito que fazer. Creio que a minha experiência de missionário me possa enriquecer também a mim mesmo”.

Foi por isso muito útil o percurso de formação à missão, finalizado no curso de orientação que está por se concluir nestes dias, nos Lugares de Dom Bosco. “Houve muita preparação. Inicialmente será difícil integrar-me na cultura. A língua é muito diferente da minha. O alfabeto também é diferente. Mas se Deus me der a preparação, estarei em condições. É mais fácil para mim ir agora que sou mais jovem”.

Além disso a vocação missionária é algo que o jovem salesiano começou a detectar muito cedo e a que não podia dar as costas: “A missão foi uma vocação que me chegou quando iniciei a minha educação salesiana. Tive a oportunidade de ir a Gana para fazer o noviciado. Ali estive pelas vilas pobres, distantes da cidade; tive a oportunidade de caminhar com sua gente. (....) Deus tem um projeto para mim: se ele quiser voltarei ainda à África. Estou pronto para seguir a vontade de Deus”.

Publicado em 27/09/2012