(ANS – Roma) – A educação formal, escola e formação profissional, tem uma grande importância na Região África-Madagascar. Apesar das diferenças e dificuldades que caracterizam as nações africanas, os salesianos conseguiram adaptar sua proposta educativa quanto a metodologias, objetivos educativo-pastorais e atenção personalizada aos jovens. 

Embora as taxas de analfabetismo continuem a ser alarmantes em muitas nações da África, a escolarização em geral está aumentando. A diversidade das políticas educacionais em cada nação cria um mosaico não fácil de administrar. Diga-se o mesmo em algumas inspetorias que compreendem mais de uma nação.

Nos primeiros decênios do Projeto África, as obras que se difundiam eram paróquias, oratórios e escolas técnicas; nestes últimos dez anos as escolas, primárias e secundárias (‘ginasiais’), quase duplicaram. Um dos desafios mais cruciais é a formação dos professores.

Hoje na Região África-Madagascar são perto de 50 as escolas primárias. Idem as ‘ginasiais’, sem contar a grande rede de pequenas escolas rurais, presentes nos territórios mais tradicionalmente missionários. A maior parte das escolas encontram-se nos principais centros urbanos, e suas aulas estão em geral densamente povoadas.

Em alguns países os salesianos já encontraram uma longa tradição de educação católica (p. ex., no Senegal); em outros, muita restrição para a inserção da Igreja na educação (Angola, p. ex.). Em ambos os casos, os Salesianos se empenharam sempre por oferecer a originalidade do Sistema Preventivo.

O ensino profissional desempenha uma importante função no trabalho salesiano na África. No passado, no presente e, sobretudo, sê-lo-á no futuro. Para coordenar e implementar os centros de formação profissional, a Conferência das Inspetorias da África-Madagascar deu início ao percurso de constituir um organismo continental para o desenvolvimento e a promoção da formação profissional salesiana. Espera-se que em 2013 possa funcionar o “Bosco Tech Africa” (BTA).

O plano de desenvolvimento dessa realidade, começada em Johanesburgo, em 2004, baseia-se em dez atuações prioritárias e estratégicas. Foi estudado um Documento de Políticas e Estratégias a fim de definir quais seriam as pilastras que iriam caracterizar a formação profissional salesiana, na África, e um quadro geral da visão, missão, objetivos, funcionamento e resultados a longo prazo. 

Certamente, ao ser ativado o BTA, far-se-á um estudo da experiência salesiana existente na área da Formação Profissional na África. Serão necessárias, além disso, não só linhas-guias regionais mas também o desenvolvimento de planos inspetoriais quinquenais e se nomeará um responsável pela formação profissional em cada inspetoria. Nesse precioso processo aparece o auxílio do Voluntariado Internacional para o Desenvolvimento e do CNOS-FAP da Itália.

O desafio é enorme, sobretudo para a busca de fundos. Esse grande projeto exigirá o envolvimento de parceiros em nível local, Ongues salesianas, benfeitores, financiadores internacionais, e interessados na promoção da formação técnica, na África.

Segue: A Escola e a Formação profissional salesiana 5/5: Ásia

Publicado em 26/07/2012