(ANS- Shiogama-city) – Alguns jovens estudantes da “Salesio-Gakuin High School” de Yokohama aceitaram colaborar, nos limites de suas possibilidades, na reconstrução das áreas atingidas pelo terremoto e pelo tsunami no mês de março. Uma iniciativa que renova a esperança da população local e faz refletir e amadurecer os jovens envolvidos.
Pe. Daniel Masaharu Torigoe é o presidente do Instituto salesiano de Yokohama. Como todos os membros da comunidade salesiana japonesa, não diretamente atingida pela desgraça, desde os dias imediatamente sucessivos à calamidade natural tem procurado se tornar útil para ajudar e confortar as pessoas das regiões mais setentrionais, mais atingidas pelo terremoto, pelo tsunami, e por fim do perigo nuclear.
“Mas nos primeiros meses as consequências da devastação e o medo da contaminação radioativa nos impediu de levar também os jovens àquelas áreas. Nem nós tínhamos a mínima ideia de que tipo de ajuda podíamos dar. Eu, sozinho, visitei a área em maio, para compreender o que fazer, mas a cidade inteira estava destruída, não restara nada, tudo tinha sido varrido. Não havia espaço para os estudantes e os jovens não profissionais nem qualificados” conta o salesiano.
Com o passar dos meses, a situação melhorou e os salesianos encontraram uma área segura onde se podia colaborar juntamente com os estudantes. Em Shiogama-city, de fato, na diocese de Sendai, surgiu um centro de voluntariado da diocese, mantido pela Caritas do Japão, cuja coordenação foi confiada justamente a um salesiano, o coadjutor Francisco Fukagawa.
Em junho, pe. Masaharu Torigoe propôs aos seus rapazes cooperarem em primeira pessoa para a reconstrução de seu país e para o apoio moral das vítimas. “Surpreendentemente – conta o salesiano – mais estudantes do que eu esperava expressaram sua vontade de participar. Eu depois os dividi em 4 grupos, cada um dos quais composto por 5 estudantes acompanhados por um professor”.
Em 12 de julho, o primeiro grupo partiu para Shiogama-city; o segundo trabalhou do dia 19 ao 21 de julho; o terceiro, do dia 25 ao 27 do mesmo mês; e último trabalhará do dia 18 ao 20 de agosto.
Sob a supervisão do Sr Fukagawa e de outros animadores, os rapazes trabalham por dois dias completos, reconstruindo as casas, as estradas e as praias, limpando o mato, ajuntando sacos de areia ao longo da praia, limpando o barro da tubulação do esgoto, e visitando os anciãos deixados sós.
Os rapazes ficaram muito impressionados com a experiência: “Compreendi que esta gente não perdeu somente a propriedade, mas as próprias lembranças, a própria vida. Eu me senti mal pensando que eu tenho uma casa e uma vida confortável” – disse um dos jovens voluntários. “Antes eu pensava que tinha trabalhado muito para os outros; mas havia tanta coisa para fazer e eu não pude fazer muito. Pelo contrário, eu recebi muitíssimo das pessoas daqui, do seu sorriso, do modo positivo de olhar a realidade e de viver juntos, ajudando-se reciprocamente”- disse um outro.
“O que fizemos – conclui um terceiro rapaz – poderia parecer insignificante, mas não o é: nós oferecemos a nossa boa vontade a quem vier depois de nós e isto significa alguma coisa”.
Publicado em 12/08/2011