Conterrâneo de Dom Bosco, foi o terceiro de quatro filhos. Sua última irmã, Mariana, será a mamãe do Bem-aventuradoi José Allamano, fundador dos Missionários e das Missionárias da ‘Consolata’. Cafasso nasceu em 15 de janeiro de 1811, no Piemonte do Oitocentos, caracterizado não só por graves problemas sociais mas também por muitos Santos que se empenharam por lhes remediar os males. Ligava-os um profundo amor a Cristo e uma funda caridade pelos mais pobres. A graça de Deus sabe difundir e multiplicar as sementes da santidade.

Destinado ao ‘Colégio Eclesiástico’, de Turim, ali viveu e morreu, acompanhando constantemente a formação dos sacerdotes e o ensino da teologia moral, mediante o ministério das confissões e o serviço da caridade para com os últimos, desenvolvido com especial dedicação aos detentos e aos condenados à morte.

Desde o início ajudou material e espiritualmente Dom Bosco: foi-lhe o guia espiritual de 1841 a 1860, apoiando-o e defendendo-o com a sua autoridade moral. Morreu aos 49 anos, em 23 de junho de 1860. Na oração fúnebre, Dom Bosco recordou-o como modelo de vida sacerdotal, mestre do clero, conselheiro procurado, consolador dos doentes, confortador dos moribundos, amigo de todos.

No dia 23 de junho de 1947 Pio XII o proclamou Santo.

A ocorrência se densifica de especial sentido para toda a Família Salesiana neste ano dedicado à promoção e ao acompanhamento das vocações, valorizando de modo especial a direção espiritual. Já no ano passado, celebrando o ano sacerdotal, o Papa Bento XVI em sua catequese semanal de 30 de junho, assim tratejava o relacionamento na condução espiritual entre Cafasso e Dom Bosco: “Entre esses – como já disse – emerge são João Bosco, que o teve como diretor espiritual por bem 25 anos, de 1835 a 1860: antes como clérigo, depois como sacerdote e por fim como fundador”.

“Todas as decisões fundamentais da vida de são João Bosco tiveram como conselheiro e guia São José Cafasso, mas de modo muito bem preciso: Cafasso nunca buscou formar em Dom Bosco um discípulo ‘à sua imagem e semelhança’; e Dom Bosco jamais copiou Cafasso: imitou-o certamente nas virtudes humanas e sacerdotais – definindo-o ‘modelo de vida sacerdotal’ –, mas o fez segundo as suas aptidões pessoais e a sua própria peculiar vocação: um sinal esse da sabedoria do mestre espiritual e da inteligência do discípulo. De fato, o primeiro não se impôs ao segundo: respeitou-o na sua personalidade e ajudou-o a ler qual fosse a vontade de Deus a seu respeito”.

“Caríssimos amigos, é este um ensinamento precioso para todos aqueles que estão empenhados na formação e na educação das jovens gerações e é também uma forte advertência sobre quão importante seja ter um diretor espiritual na própria vida, ter alguém que nos ajude a compreender qual seja o desígnio de Deus a nosso respeito”.

Publicado em 14/01/2011