| Haiti – Primeiras respostas às urgências |
| Haiti – Vai-se compondo o quadro da realidade salesiana após o terremoto |
A visita tinha sido precedida pela do P. Victor Pichardo, Inspetor das Antilhas, que estivera em Porto Príncipe graças à ajuda de um helicóptero militar. À sua volta, o P. Pichardo levou consigo o P. Attilio Stra, salesiano missionário italiano, diretor da comunidade de Enam, que sobreviveu ao desmoronamento, a fim de o internar num hospital de Santo Domingo: suas feridas e escoriações, graças a Deus, são leves.
O Sr. Alberto Rodríguez, Ecônomo inspetorial, o Sr. Franklin Ortega, da Secretaria para o desenvolvimento da Inspetoria das Antilhas, e dois salesianos da comunidade de Barahona – a mais próxima ao Haiti –, o P. Ángel Sánchez e o P. Gabriel Almonte, imediatamente se deram conta do estado de desorientação e impotência da população, que praticamente agora vive na rua, nas praças, nos parques do estado.
A primeira etapa foi a da Comunidade São João Bosco, de Enam, obra salesiana mais atingida no Haiti. Ali se encontraram com o P. Wim Boksebeld e o P. Olibrice Zucchi Ange. “Reinava o silêncio, a dor, a tristeza” – afirmaram as quatro testemunhas. A maior parte dos Alunos e os seus Professores jazem ainda debaixo das ruínas. Às 16h53min, hora local, quando a terra começou a tremer os alunos da escola elementar se encontravam no primeiro piso de uma construção de três andares, que agora virou um monte de escombros. Infelizmente também aqui, como em outros vários pontos da cidade, se têm verificado episódios de saques e pilhagem – desconhecidos já levaram quanto restava: móveis, cadeiras, computadores das atividades didáticas.
Gianluca Antonelli, membro do Voluntariado Internacional para o Desenvolvimento (VIS), em conexão com a Procuradoria Missionária salesiana de New Rochelle, prometeu interessar a Proteção Civil Italiana que já está em ação na cidade.
Também as demais obras salesianas de Porto Príncipe encontram-se nas mesmas situações. Os salesianos vivem acampados nos pátios, passando a noite em viaturas ou a céu aberto.
O restrito grupo encontrou-se também com o P. Jeacques Charles, atual superior da Visitadoria do Haiti, e o seu designado sucessor, P. Sylvain Duncange. A urgência no momento é a de garantir aos salesianos do Haiti, já em ação no campo, um mínimo de infraestruturas necessárias para acolher e dar assistência às pessoas. As coisas mais necessárias são: água potável e comida em caixa, especialmente a destinada às crianças (os víveres na cidade já escasseiam e os que se encontram já podem estar contaminados); depois vêm os remédios e tendas para o acolhimento.
No seu retorno, o Sr. Alberto Rodríguez e o Sr. Franklin Ortega atualizaram, graças a uma teleconferência, a Unidade de Crise, da Procuradoria de New Rochelle, que já começou a planejar os auxílios e a sua distribuição.
Vai-se ampliando a cadeia da solidariedade por parte das Inspetorias e da Família Salesiana: são mui variadas as iniciativas para coletar os fundos necessários para os primeiros socorros.
Publicado em 17/01/2010
