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6/3/2015 - RMG - O crime de lesa-humanidade com os refugiados no Norte da África
Fotos do artigo -RMG – O CRIME DE LESA-HUMANIDADE COM OS REFUGIADOS NO NORTE DA ÁFRICA

(ANS – Roma) – “Todo ser humano – homem, mulher, criança – é imagem de Deus. (…) Por isso declaramos, em nome de todos e de cada um dos nossos Credos, que a escravidão moderna – em forma de comércio de pessoas, trabalho forçado, prostituição, tráfico de órgãos – é um crime de lesa-humanidade”. Assim disse o Papa Francisco no passado dia 2 de dezembro, por ocasião da Declaração Conjunta dos Líderes religiosos contra a escravidão. Entretanto no norte da África centenas de milhares de pessoas, em fuga de guerras, discriminação e pobreza, são tratadas sem nenhuma dignidade.

As notícias que continuam a chegar ao P. Mussie Zerai, Diretor da Agência Habeshia, e aos seus colaboradores, são terríveis. Contam-nas os mesmos refugiados ou algum de seus familiares. Falam de sequestros, extorsões, espancamentos, torturas, violências ininterruptas. São mulheres e homens reduzidos a uma situação de ‘res nullius’: escravos, objetos humanos à disposição de todos, mantidos em vida com frequência somente porque podem ser trocados ou vendidos. Mercadoria com que ganhar dinheiro.

Muitas vezes os refugiados, procedentes sobretudo do Chifre da África, são vítimas de emboscadas enquanto estão numa fuga desesperada rumo à Líbia, meta de passagem para a Europa. Os bandos criminosos que os sequestram procedem imediatamente a algum espancamento de... amostra, tanto para sufocar no nascedouro qualquer veleidade de resistência. Depois iniciam os telefonemas de extorsão aos familiares, com frequência feitos enquanto as vítimas são torturadas, de modo que os seus gritos de dor tornem mais “eficaz” o pedido de dinheiro.

Cada prófugo deve pagar aos seus torturadores vários milhares de dólares pelo transporte via terra, no Sahara, e pelo... mar. Quem não consegue pagar toda a cifra não tem esperança de partir. E é torturado, espancado, praticamente todos os dias.

Mas não quer dizer que quem paga tenha mais sorte. “Temos notícias de Trípoli – acrescenta o P. Zerai – que na costa líbica há pelo menos 2.500 eritreus e etíopes, e outros tantos somalianos e sudaneses amontoados em alguns barracões. Já pagaram o ‘ticket’ por um lugar sobre uma quilha qualquer. Serão certamente expedidos nos próximos dias e sem olhar para as condições do mar e do tempo. Tudo dipenderá provavelmente da eventual necessidade de abrir mais espaço, nas barracas onde aqueles pobrezinhos estão engaiolados, para outros tão disesperados quanto eles. Assim o risco de morrer no Mediterrâneo aumenta”.

Ulteriores informações, disponíveis no sítio da Agência Habeshia.

Publicado em 06/03/2015

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