(ANS – Bonn) – O mundo só se pode salvar junto com os jovens. E os políticos, com o auxílio da Igreja e dos Jovens de todo o mundo, o podem conseguir. É quanto emergiu do Fórum Dom Bosco, feito em 24 de janeiro, na Universidade de Bonn, intitulado “Tenho pouco tempo para salvar o mundo” – citação de uma canção muito conhecida entre os jovens alemães. Ao Fórum, de que participaram 600 pessoas, estava presente também o Dr. Friedrich Kitschelt, Secretário de Estado do Ministério Federal para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento (BMZ).

Disse nesse encontro o Dr. Kitschelt: “Não nos podemos permitir ter como parceiros nos projetos de desenvolvimento aqueles governos que excluem a participação das pessoas; onde a corrupção é difusa e não se permite que a sociedade civil se desenvolva. Não se podem abandonar as pessoas. Nestes casos devemos e queremos trabalhar com as Ongues e as Igrejas”. E depois acrescentou: “Sentimo-nos afortunados por termos parceiros como Dom Bosco, visto que com freqüência eles detêm o melhor conhecimento das realidades locais”.

O seu interlocutor, o Salesiano Irmão, Sr. Jean Paul Muller, Ecônomo Geral da Congregação Salesiana, chamou a atenção sobre um ‘target’ com freqüência esquecido do desenvolvimento moderno: os Jovens. Trabalhar por um mundo mais justo é uma realidade na vida cotidiana de muitos jovens em todo o mundo. “Hoje os jovens são a nossa energia e nossa força de impulsão. Devemos confiar neles e em suas capacidades” – disse o Sr. Muller, sublinhando quanto seja necessário abrir-lhes maior espaço, sobretudo na política e na Igreja.

O Fórum Dom Bosco 2015 permitiu aos participantes dessa Conferência internacional achar espaço para exprimir os próprios desejos por um futuro mais justo. Assim, p. ex., Rosie (26), ex-voluntária e co-moderadora do Evento, pediu a dois convidados, Jasmine, 27 anos, austríaca, e Nikola, 18 anos e montenegrina, confrontassem suas opiniões acerca do futuro do mundo, a partir das suas experiências.

Em todo o mundo atualmente vivem 1,2 bilhões de pessoas entre 15 e 24 anos. 90% deles em países em via de desenvolvimento. Com frequência não se ouve dizer nada sobre a situação social e as circunstâncias políticas em que muitos jovens de todo o mundo vivem, e assim tampouco se ouve a sua voz: “No espírito da ética social cristã e da pedagogia de Dom Bosco, devemos colocar a pessoa no centro – disse o Dr. Kitschelt, aludindo ao Santo dos Jovens –. Se os jovens puderem desenvolver as suas capacidades também desenvolverão uma consciência de como deverá ser o mundo em que querem viver. Por isso – concluiu – deve aumentar a nossa corresponsabilização pela sua educação!”.

Publicado em 28/01/2015