(ANS – Madri) – ‘Já 15 anos são passados dês que’ as Plataformas Sociais Salesianas Pinardi lançaram pela primeira vez, no centro “Las Naves”, de Alcalá de Henares, um programa dirigido a jovens que devem desempenhar serviços sociais por sentença judicial. Desde então foram muitos os rapazes que têm frequentando este programa, não só na sede de Alcalá mas também nos centros “Valora”, em Parla, e “Lumbre”, em Madri-Puerta del Sol.

Cada centro desenvolve o programa de modo autônomo desde 2007, enquantodesde 2009 as três sedes prepararam um de modo conjunto. Os programas elaborados se concentram em atividades sociais que os jovens devam cumprir por decisão judicial (devido a reatos que não preveem necessariamente detenção em institutos para menores).

Depois de encaminhados às Obras de Pinardi, pela ‘Agência para a Reabilitação e a Reinserção’ dos jovens transgressores, pela Comunidade de Madri, os rapazes devem cumprir uma série de atividades sócio-educativas que em boa parte consistem em cursos de desenvolvimento pessoal e de habilitações sociais, tendo em mira tanto a convivência social e o controle dos próprios impulsos quanto motivação e orientação profissional, alfabetização, apoio escolar, educação ao meio... público e ao uso do tempo livre. No verão esses cursos se completam com excursões e acampamentos citadinos.

Mas para os agentes das Plataformas Pinardi o respeito a tais medidas é apenas a chave de acesso ao coração do projeto, i. é, a reeducação do ‘menor’ em nível social e pessoal: “Muitas vezes, mais que reeducar, educa-se a partir de… zero – raconta José Carlos Rodríguez, Coordenador do programa de Serviços Sociais –. As Plataformas Pinardi oferecem um acompanhamento pessoal que se dirige para além da injunção judiciária; vai-se para além de quanto estabelece o juiz”. Graças ao trabalho dos educadores, aos jovenzinhos se oferecem os instrumentos necessários para que possam melhorar socialmente e prevenir reincidências.

Dentre os jovens que acompanham esses cursos, perto de 20% participa depois de outros programas das Plataformas Pinardi, especialmente os ligados à formação e ao emprego, visto que com frequência não entreveem um futuro de trabalho que lhes assegure um certo bem-estar.

Nos últimos anos, graças aos maiores recursos destinados à área ‘trabalho’ – que permitem um maior serviço neste setor – e também ao número de ‘menores’ que participam dos programas para o emprego, a Federação Pinardi pôde ver como cada vez mais jovens ‘condenados’ a serviços sociais tenham ao final obtido tanto a formação quanto um emprego. “Toda a vez que um deles consegue empregar-se é uma grande satisfação” – comenta José Carlos.

O valor agregado das Plataformas Pinardi é dado pelo fato de que os jovens não devem seguir programas esclusivos segundo as imposições do tribunal, mas são inseridos em programas globais da Federação. Como explica José Carlos: “Não se dão etiquetas!”, integram-se nas mesmas atividades dos outros jovens da sua idade.

Publicado em 15/07/2014