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A obra “Boscolac” é uma resposta às exigências dos jovens mais necessitados daquela área. Ali, no dia 4 de abril, 30 jovens chegaram com apenas umas poucas coisas, mas com a intenção de vencer as dificuldades. Todos provêm de famílias de refugiados que vivem em Mugunga, uma ‘barracópole’ na periferia de Goma, onde exatamente foi erguida a Boscolac. Apenas atiradas as próprias coisas, a primeira coisa que os rapazes fizeram foi correr aos campos de esporte e começar a jogar.
O P. Faustin Llunga, diretor local do Projeto, deu-lhes as boas-vindas: “Neste centro devem tornar-se bons cristãos e honestos cidadãos” – disse-lhes entre outras coisas para os encorajar a não pararem o esforço começado. Sucessivamente, para promover a integração e o conhecimento entre todos, os rapazes se apresentaram reciprocamente. Na ocasião estavam também Willliam e Nestor, os dois animadores que conviverão com os jovens; Deogratias, que desempenhará o cargo de enfermeiro; e Jean Paul e Papa Kabumba, que serão os supervisores ou guardiões. No encerramento Oscar Nkot, o agente de ‘Red Deporte’, que conduziu o projeto desde o ano passado, fez um discurso de agradecimento pela colaboração recebida e exortou os marmanjos a aproveitarem dessa linda oportunidade oferecida.
Em sinal de boas-vindas, o sr. Nkot entregou a cada um dos recém-chegados, uma bolsa com cobertor e lençóis. Todos foram aos quartos para preparar a cama. “Basta uma olhadela para entender que para muitos deles se trata da primeira vez que vão dormir deitados num colchão, com lençol e cobertor” – disse o Sr. Nkot.
Nos próximos meses o Centro Boscolac dará também a oportunidade de participar dos vários laboratórios (sobre a solução de conflitos, sobre direitos humanos, saúde básica, nutrição...), laboratórios feitos aos chefes-de-comunidade dos bairros circunstantes, habitados em geral por famílias ali refugiadas devido à guerra. O primeiro laboratório, sobre a construção da paz, já se realizou, nos dias 2-3 de abril e participaram os pais de alguns dos novos residentes da Boscolac. No futuro espera-se iniciar também programas de trabalho pago e que a enfermaria do centro (onde uma psicóloga prestará por ora só um serviço de horas) possa ajudar a Comunidade a ter acesso também a melhores serviços médicos.
Publicado em 15/04/2011