Israel – Solidariedade e vizinhança, sementes de diálogo |
Isreale – Memória do Ven. Simaan (Simão) Srugi, exemplo e modelo para o Oriente Médio |
(ANS – Beit Gemal) – Muito se falou nestes dias pelo mundo, acerca de Beit Gemal por causa do vandalismo por parte de ignotos, que atingiu o cemitério onde estão sepultados Salesianos e Filhas de Maria Auxiliadora que trabalharam nessa Casa – ex-Escola Agrícola, pelo espaço de mais de cem anos. Mas Beit Gemal não é só isso.
Pelo P. Ilario Martinelli SDB
Beit Gemal,com o seu “lugar santo” que conserva a memória do primeiro túmulo do Protomártir Diácono Santo Estêvão e o túmulo do Ven. Simão Srugi SDB, de Nazaré, é sobretudo a meta de muitas centenas de judeus que especialmente aos sábados visitam esse Santuário e têm a possibilidade de um encontro com os Salesianos que de boa vontade os acolhem e respondem, em sua língua, às perguntas que fazem sobre Santo Estêvão, sobre Jesus, sobre Dom Bosco, sobre a Vida Consagrada, assuntos que para eles constituem aquele mundo um tanto indecifrável que se chama Igreja Católica, ou Cristianismo.
Sim, Beit Gemal é um ponto de encontro e de diálogo, simples se se quiser, não acadêmico, mas pequena parte daquele diálogo entre a Igreja e o Hebraísmo que a Santa Sé não se cansa de encorajar, como se deu também recentemente com a difusão, no dia 10 de dezembro passado, das “Reflexões sobre questões teológicas atinentes às relações católico-hebraicas”, sobre o tema “Por que os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis” (Rm 11,29).
“Este importante ministério de diálogo hebreu\cristão, que se realiza em Beit Gemal, é um precioso espaço de reflexão para a Terra Santa – confirma o P. Stefano Martoglio, Conselheiro Geral para a Região salesiana do Oriente Médio –. Um lugar em que se cultiva a memória dos Santos, no túmulo de Santo Estêvão, e a Palavra de Deus. Um testemunho de paz e de convivência, importante para uma terra tão feraz em fermentos e divisões. A beleza do lugar muito ajuda a recolher-se e a distender as almas”.
“No diálogo hebreu-cristão há um liame único e peculiar, em virtude das raízes hebraicas do Cristianismo: judeus e cristãos devem portanto sentir-se irmãos” – confirmou, ainda domingo passado, o Papa Francisco ao visitar à sinagoga de Roma.
Publicado em 20/1/2016