(ANS – Juba) – A guerra no Sudão do Sul “completa” dois anos. A escassez de recursos e a falta de instituições sólidas levaram o país mais jovem do mundo a um conflito que está levando a população a perder a esperança.

No dia 15 de dezembro de 2013 verificaram-se confrontos armados na Região de Mumuki, no sul da Capital, Juba, entre a Guarda Presidencial e o Exército de Libertação do Povo do Sudão. Dez dias mais tarde, o Presidente, Salva Kir, disse que fora uma tentativa de ‘golpe’, orquestrada pelo seu ex-vice-presidente, Riek Machar, e que a situação, apesar do toque de recolher imposto ao País, estava sob controle. Todavia, a situação não só não estava sob controle como tampouco a violência deixara de espalhar-se por todo o país.

A dois anos do início do conflito, a população do Sudão do Sul, que por grande maioria havia decidido ser um país independente através do referendum de 2011, continua a sofrer pelas graves  consequências da guerra. São cerca de 10 milhões os habitantes do País: o conflito já causou mais de 50.000 mortos, 645.000 refugiados e 1,6 milhão de refugiados. Mais de 20% da população teve de abandonar suas casas: ou para fugir ao exterior ou para achar algum um lugar seguro, como, p. ex., a Missão salesiana Gumbo, em Juba, Capital. Os dois anos intensos de guerra, além disso, causaram além disso uma crise alimentar muito grave.

Apesar do acordo de paz feito no dia 26 de agosto passado – no qual se concordara o fim das hostilidades e a formação de um governo de unidade nacional, que representasse todos os componentes do complexo mosaico político sul-sudanês – os combates não terminaram. Não faz ainda uma semana que as tropas governativas e os rebeldes estavam se combatendo na cidade de Yambio.

Os Salesianos no Sudão do Sul devem enfrentar tal situação nas quatro cidades em que estão presentes, desde a sua chegada, em 1982: Juba, a capital; Maridi; Wau; e Tonj. A presença salesiana em Juba está a viver o conflito de modo particularmente intenso e, desde o início das violências, os Salesianos abriram as portas a todos aqueles que ali chegavam em busca de segurança. Atualmente, são mais de 2.000 as pessoas que estão refugiadas dentro dos seus ambientes, e 500, entre crianças e jovens refugiados, que frequentam cotidianamente as aulas na escola que os Salesianos abriram para eles.

Fonte: Misiones Salesianas

Publicado em 15/12/2015