(ANS – Quito) – Digna Palumba pertence à comunidade indígena de Zumbahua. Ali nasceu, cresceu e viveu até cinco meses atrás, quando se transferiu a Quito para estudar “Gestão e Liderança”, na Universidade Politécnica Salesiana. Descreve a sua comunidade como uma enorme pradaria marcada pelo frio, pelo vento, pelos arco-íris... Miguel Ángel Sarango, também indígena, mas da comunidade de Saraguros, é um seu colega e frequenta o Curso de Comunicação da Universidade salesiana.
Palumba e Sarango são apenas dois exemplos dos 37 alunos indígenas que estudam na UPS, do Equador; outros frequentam Biotecnologias, Gestão e Liderança ou Psicologia, como reporta um artigo publicado na edição on-line do jornal equatoriano “El Comercio”.
No Instituto a aprendizagem não se esgota com as aulas: a mesma Universidade proporciona ocasiões para partilhar as tradições indígenas entre professores e coetâneos.
Assim a festa do Natal, que se irá celebrar em menos de uma semana, é a ocasião para partilhar quais atividades folclóricas se farão nas diferentes comunidades. Sarango raconta de dois personagens desconhecidos aos seus amigos: o “Markantaita” (padrinho) e a “Markanmama” (madrinha), que na qualidade de ‘prepostos’ organizam e levam avante as festas, caracterizadas por um cortejo multicolorido de que participa toda a comunidade. - Palumba acrescenta que também na sua comunidade, Zumbahua, há desses ‘prepostos’ para as festas, mas que não têm um nome específico, e que, ao invés, se vestem como animais e vão para as ruas a desfilar, ao som de tambor e de um especial instrumento de sopro.
A UPS do Equador tornou-se um lugar de encontro e intercâmbio de conhecimentos entre alunos e professores, e oferece uma autêntica oportunidade de progresso para os jovens das comunidades da jungla amazônica. Além disso, muitos desses alunos podem usufruir de uma residência que os Salesianos alevantaram especialmente para eles.
Publicado em 23/12/2014