(ANS – Liège) – A 12 anos de distância, a viagem ao Haiti ainda faz parte da vida de Lionel, 28 anos, moço belga, agora agrônomo. Algumas viagens influenciaram suas opções de vida. A experiência de Lionel o demonstra.

Nascido em Trois-Ponts, nas Ardenas, em 2002 tem 17 anos e participa com outros 12 jovens e adultos de um laboratório no centro de formação salesiano de Thorland, subúrbio de Porto Príncipe, no Haiti. O centro acolhe também crianças e jovens durante o verão para dar-lhes um pouco de férias e atividades educativas: “Fizemos parte da equipe dos animadores junto com o povo do lugar e participamos como mão-de-obra na construção de um andar de um edifício”. Um edifício que – recordam com orgulho – resistiu ao terremoto de 12 de janeiro de 2010...

Mas a lembrança mais bela continua o intercâmbio mantido com os jovens haitianos: “Estávamos sempre com eles. Laboratórios desde cedo, para aproveitar a frescas horas da manhã, e até ao meio-dia. Depois, de tarde, visitas para conhecer os arredores do lugr. Esses foram os relacionamentos humanos mais significativos para nós. E nos pusemos também à prova..., porque tivemos de admitir que muitas das nossas ideias estavam simplesmente erradas!”.

Lionel depois continuou os estudos, curso de Agronomia, em Louvain-la-Neuve, interessando-se por natureza e ecologia. Durante os estudos continuou sensível à dimensão da solidariedade e formou um grupo para participar das 24 horas de Louvain-la-Neuve, que se propõe não somente objetivos esportivos mas também filantrópicos.

Terminados os estudos, antes de atirar-se ao mundo do trabalho, Lionel desejou... exportar a sua experiência como voluntário a um país em vias de desenvolvimento. E graças à ongue salesiana “Voluntariado Internacional Mulher Educação e Desenvolvimento” (VIDES) chegou a Madagascar, a Ivato, bairro de Antananarivo: ali passou seis meses, entre 2008 e 2009. Ali a obra salesiana tem uma escola agrícola. Entretanto Lionel ocupou-se sobretudo em ministrar aulas de francês e ser um dos educadores dos rapazes. Para sua alegria, reencontrou a mesma atmosfera do Haiti, o mesmo método salesiano de estar com os jovens.

Hoje Lionel vive em Bruxelas e trabalha numa Sociedade de Consultoria que se ocupa do Beneficiamento do solo e do resgate das áreas industriais: um trabalho interessante. Mas Lionel não tem intenção de expender ali toda a sua vida: gostaria de fazer novos projetos como os feitos no Haiti e em Madagascar.

Nesse meio tempo, continua ativo na associação “Farnières-Haiti pou ti moun yo”, ocupando-se especialmente do apoio às crianças e adolelescentes que frequentam as obras salesianas. E faz cinco anos que organiza um denso grupo amador de pequenos corredores, que apoiando-se nele prosseguem o caminho para participar da corrida de 20 km em Bruxelas, sempre com a finalidade de patrocinar atividades de beneficiência em favor dos jovens haitianos.

Publicado em 22/07/2014