(ANS – Calcutá)– No último livro do P. Maria Arokiam Kanaga, Conselheiro Regional para a Ásia Sul, intitulado “Um homem sem fronteiras. A preocupação primordial de Swami Vivekananda”, foi lançado no dia 27 de janeiro, em Calcutá, durante um encontro que contou com a presença de denso número de salesianos da Inspetoria de Calcutá, eminentes ex-alunos de Dom Bosco da cidade e outros convidados interessados.

Os Diretores de duas importantes escolas salesianas da cidade promoveram o lançamento do livro, publicado pela ‘InKdia Pubblications’, às vésperas da anual Feira Internacional do Livro, de Calcutá, durante a qual estará exposto e posto à venda.

“Um homem sem fronteiras” é um estudo crítico da antropologia filosófica de Swami Vivekananda, que o P. Maria Arokiam realizou como tese do Doutorado na Universidade Pontifícia Salesiana (UPS), de Roma, há já uma vintena de anos. Através de trabalho de 532 páginas, bem documentato e meticolosamente redigido, o Autor procura oferecer um estudo crítico de toda a filosofia de Swami Vivekananda, visando fomentar a amizade e o diálogo entre hindus e cristãos.

Na ausência do P. Maria Arokiam, empenhado nas reuniões do Conselho Geral, em Roma, o P. Joseph Pathickal, Diretor da Escola Dom Bosco, e Park Circus, Conselheiro Inspetorial, apresentou ao público a mensagem do Autor. O P. Maria Arokiam descreve Swami Vivekananda como “verdadeiro filho da terra, extrato de um dos mais refinados aspectos da cultura e da religião”. E acrescenta: “Era além disso uma alma universal, aberta a todas as culturas e religiões”.

O P. Arokiam sustenta que, ao longo da sua pesquisa doutoral, tentou transladar a própria fé católica às categorias da filosofia e da religião hindus, seguindo o exemplo de Swami Vivekananda, monge hindu e principal discípulo do Mistico Indiano do século XIX, Ramakrishna Paramhansa. Vivekananda, a quem se reconhece ter levado o hinduísmo à situação de uma das principais religiões do mundo durante o século XIX, procurou expressar a sua cultura indiana e hindu mediante as categorias filosóficas, culturais e religiosas ocidentais. “Nessa polinização cruzada de categorias filosóficas e religiosas, podemos trabalhar também em favor da amizade religiosa, da mútua compreensão e da harmonia” – afirma o P. Maria Arokiam, indicando dessa forma o objetivo tanto do seu estudo doutoral quanto da publicação realizada.

O P. Tomy Agustín SDB, por muitos anos Professor de Filosofia Indiana Contemporânea, elogiou o livro, afirmando que “a contribuição do P. Maria Arokiam irá muito longe, e ajudará os estudantes de filosofia a compreender a filosofia indiana contemporânea e o antigo pensamento índio sob nova perspectiva, sobretudo em relação às categorias filosóficas ocidentais”.

Publicado em 29/01/2014