Espanha – Ovação para ‘30.000’ e mesa-redonda sobre a paz na África |
Costa do Marfim – Boas notícias de Duékoué |
Espanha – Ainda 15 000 refugiados na missão salesiana de Duékoué |
(ANS – Madri) – “A insegurança aumentou nos últimos meses. Há ainda muitas armas nas estradas e os assaltos a mão armada nas casas e às pessoas acontecem á luz do dia. A gente tem medo”. São as últimas novidade que pe. César Fernandez, missionário salesiano, reporta sobre sua situação na Costa do Marfim, depois da chegado ao poder de Alassane Ouattara, depois de diversos meses de luta armada e vários anos de conflito. Para aliviar os problemas as Missões Salesianas informam haver enviado mais de 60.000 euros para a Costa do Marfim.
“A economia do país ressentiu muito da crise vivida. O preço dos alimentos continuam a subir e muitas pessoas perdeu o trabalho. Muitos estão famintos porque não têm acesso aos alimento”, prossegue pe. Fernández. “A isto precisa acrescentar a corrupção que se estabeleceu no país. ´?E difícil fazer uma gestão administrativa, e até viajar na Costa do Marfim, sem ‘um suplemento’ de dinheiro. Certamente isto é um fenômeno comum na África, mas até agora não o era na Costa do Marfim.
Em Abidjan, capital econômica do país, “as coisas procedem lentamente. Algumas feridas estão cicatrizando, mas a convivência é ainda difícil porque há tanto ressentimento e desejo de vingança”, reporta o salesiano. Em Duékoué “ na missão salesiana de Santa Teresa do Menino Jesus, há ainda 10.000 refugiados. A volta à casa dos flagelados é ainda muito lenta e muitos deles não têm um lugar para onde voltarem. E assim ficam onde estão”.
As Missões Salesianas procuram a educação e a formação dos jovens a fim de que fiquem fora da crise. Na Costa do Marfim, as missões de Abidjan, Korhogo e Duékoué procuram prosseguir seu trabalho com os meninos de rua, oferecendo-lhes uma educação que os faça cidadãos conscientes de seus direitos e de seus deveres.
O nível da emergência em Costa do Marfim subiu. “Porém ainda falta a parte talvez a mais difícil: levantar o país. Superar aquilo que aconteceu e olhar adiante com esperança”, concluiu pe. Fernández.
Publicado em 05/09/2011