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24/2/2015 - Guatemala - As meninas-mães do Petén
Fotos do artigo -GUATEMALA – AS MENINAS-MÃES DO PETÉN

(ANS – San Benito Petén) – Um relatório bem recente publicado no jornal “The New York Times” mostrou casos de meninas grávidas em San Benito Petén, pequenas que casaram com homens de muito mais idade que elas, antes dos 14 anos, idade legal para o matrimônio com o consentimento dos pais.

No artigo, retomado pelo cotidiano guatemalteco “Siglo 21” (Século 21), a jornalista Stephanie Sinclair apresenta histórias de adolescentes que casaram e se tornaram mães em condições precárias. Sinclair visitou diversas vilas na região, para desenvolver um projeto da Organização que dirige – “Too Young to Wed” (Jovens demais para casar) – com o patrocínio do Fundo para a População, das Nações Unidas (UNFPA).

Na Guatemala, 53% das mulheres de idade compreeendida entre 20-24 anos casou antes dos 18 anos e 13% antes dos 15 anos, segundo o Conselho da População.

“Muitas dessas meninas enfrentam graves situações, semelhantes àquelas das casadas-meninas de outras nações em via de desenvolvimento. Deixaram os estudos, foram objeto de violência física e sexual, de gravidez de risco, sem assistência médica e, sob muitos aspectos, controladas por homens maiores que elas, que as tratam como escravas sexuais e domésticas” – diz o relatório.

Segundo a Aliança para a Saúde Internacional, o departamento tem o mais alto índice de mortalidade materna do país, com 172 mortos cada 100.000 nascimentos. Também a mortalidade infantil é elevada, com 40 mortos cada 1000 nascidos. E segundo os dados da ONU, 26% dos nascimentos na Guatemala são de mães crianças ou adolescentes (entre 10 e 19 anos).

A UNFPA estima que em 2015 mais de 550.000 jovens guatemaltecas casarão antes dos 18 anos: 1.500 esposas infantis por dia.

“Quando visitei o hospital, havia quatro crianças em terapia intensiva neonatal, todas nascidas de mães de 14 anos” – escreveu Sinclair. “Pedimos a essas crianças pequenos milagres, visto que já é um milagre que estejam vivas” – afirma o Dr. Daniel Alvarez, pediatra do Hospital Nacional de San Benito.

O relatório afirma também que com freqüência essas mães infantis são abandonadas pelos maridos. Como se deu com Aracely: “Durante a gravidez não me deu um tostão. Sequer veio ver o bebê”.

“Etava no quinto ano de escola, quando me casei” – relata Carmo, 14 anos.

“A minha família estava triste quando me casei. Diziam que era muito pequena e que é uma grande responsabilidade cuidar de alguém” – refere Sulmi

Publicado em 24/02/2015

comunica ANS news


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