(ANS – Roma) – Dos migrantes que aportam nas costas italianas, um quinto são crianças e adolescentes, e muitos deles chegam sozinhos. Os últimos dados fornecidos pelo Relatório Nacional sobre Menores Estrangeiros Não-Acompanhados, do Ministério do Trabalho e das Políticas Sociais, atualizados em 30 de maio de 2014, falam de mais de 2155 menores desaparecidos sobre 7.182 crianças e adolescentes mencionados.
O mesmo Relatório evidencia que sobre 517 garotinhas e meninas, 176 estão desaparecidas e não mais podem ser protegidas de abusos, violências, exploração.
“Meninos e adolescentes são colocados em ambientes inadequados e não protegidos, de onde com frequência conseguem fugir” – disse no passado mês de abril o ‘Garante’ pela Infância, Vincenzo Spadafora, depois de uma visita ao molhe de Augusta, uma das metas dos barcões inseguros de migrantes pelo rumo da Itália.
Crianças e adolescentes de ambos os sexos, rapazes e jovens sem nenhuma figura de referência, acabam, na falta de adequada assistência psicológica e tutela jurídica, por se afastar das estruturas de acolhença, tornando-se fácil presa da criminalidade organizada.
Os Salesianos da Itália empenham-se cotidianamente por celebrar Dom Bosco através da acolhida de ‘menores’ em estado de abandono ou de dificuldade familiar. Fazem isso através de ‘comunidades educativas’ e ‘casas-lares’ para menores, espalhadas por todo o território nacional.
Em ambos os tipos de Casas, os pequenos são acolhidos em clima de família e atenção, garantindo educação continuativa: a diferença está apenas no fato de que nas 31 casas-lares, mantidas pelos Salesianos está presente estavelmente uma família, a qual dedica a própria vida, em tempo integral, a esses pequenos.
Através da Associação “Salesianos pelo Social”, os filhos de Dom Bosco da Itália empenham-se também por promover atividades de pressão sobre os Órgãos competentes, para contrastar já na origem a chaga do abandono a si mesmos desses menores estrangeiros. Em especial foram indicados ao Governo três pontos: a redução da estadia nos centros de acolhença; a agilização dos procedimentos; uma acolhida familiar e sustentável.
Publicado em 08/08/2014