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(ANS – Celje) – Entre as várias atividades que levam avante os Salesianos, em Celje, há também um programa de recuperação para jovens entre 15 e 26 anos, desempregados. Denominado ‘PIPJ’ (sigla em português) significa Programa de Instrução Projetual para Jovens”. O programa é financiado pelo Ministério da Instrução e pelo Fundo Social Europeu.
No programa podem inserir-se tanto os jovens que concluíram o ciclo de instrução quanto os que o interromperam. Escopo de PIPJ é ajudar os participantes a achar um trabalho para reinserir-se no processo de formação.
O programa funciona todos os dias. O dia pois começa com o café da manhã, juntos, e com uma conversação temática. Os temas são escolhidos e conduzidos segundo as necessidades dos jovens: visam o crescimento pessoal, a abertura dos próprios horizontes, a cidadania ativa, a formação de grupo.
Segue-se depois a programação e a distribuição dos encargos por se cumprir durante o dia. O foco do programa é o trabalho individual, que cada jovem deve realizar durante o dia, as metas pessoais que deve alcançar. Todo o grupo se reencontra no almoço, que é preparado por dois participantes. Durante a recreação há tempo para esporte e jogos de mesa. A última parte do dia se dedica aos projetos comuns, como: preparar produtos de promoção, preparar a revistinha, organizar o encontro com os pais… Esses projetos comuns são pensados segundo os interesses do grupo; e os jovens participam de todas as fases do projeto: desde a projetação até à execução e à avaliação final.
Cada semana se realizam também outros módulos de formação profissional: criar produtos de cerâmica, de madeira, de tecido; cozinhar. Tais módulos, baseados em programas de escolas de formação profissional, gozam da contribuição de agentes externos e se realizam durante todo um dia, uma vez por semana.
Entre as atividades regulares há também as entrevistas, que têm a finalidade de apresentar uma avaliação sobre o trabalho feito e... planejar o futuro; mas servem também para conhecer melhor os jovens e à sua concreta situação de vida.
Veronika Bezgovšek, uma das tutoras do programa, conta: “Certa vez um jovem, já de 25 anos, foi inserido no programa porque obrigado pelo Instituto para Emprego, que manda os jovens ao PIPJ. Não se cansava de lembrar-nos de que se ele estava ali não tinha sido uma escolha sua! No início era assaz tímido, aceitava algum trabalho somente se houvesse realmente necessidade; ficava bastante isolado; nunca dizia nada nas partilhas de grupo”.
“Fora mandado ao PIPJ porque não tinha terminado os estudos. A escola não lhe agradava e não tinha sequer achado emprego... Depois de alguns meses conseguimos estabelecer um bom relacionamento. Compreendera que nós, do Programa, não lhe queríamos fazer mal, que ali um jovem é respeitado, ouvido. Começou a participar com mais entusiasmo e se tornou um dos promotores das várias atividades. Interessou-se também por cozinha, preparando refeições para todo o grupo. Através das atividades e dos colóquios pessoais compreendeu que convinha concluir a escola: fez os exames que faltavam e o exame de ‘maturidade’. Depois, com ativa e motivada busca, achou também o emprego do seu agrado e que convinha aos seus reais interesses”.
Publicado em 01/08/2012