(ANS – New York) – No decorrer da Avaliação Anual Ministerial do Conselho Econômico e Social da ONU (ECOSOC), feita de 2 a 9 de julho, na Sede das Nações Unidas, em New York, foi apresentada a contribuição salesiana para o emprego juvenil. O P. Thomas Brennan exemplificou com duas boas práticas em curso, na Índia e na Itália.

O tema da Anual Avaliação Ministerial da ECOSOC foi “Promoção da capacidade produtiva, do emprego e do trabalho digno para erradicar a pobreza no contexto de um crescimento econômico inclusivo, justo e sustentável em todos os níveis para alcançar os Objetivos do Terceiro Milênio”.

Emergiu que se a comunidade mundial quer erradicar a pobreza, alcançar os Objetivos do Terceiro Milênio e permitir um desenvolvimento justo, inclusivo e sustentável, deve concentrar os seus esforços na promoção do trabalho digno e na capacidade produtiva. A crise econômica e financeira global agravou os desafios já existentes para a consecução do pleno emprego e do trabalho digno, tanto nos países em via de desenvolvimento quanto nos mais evoluídos.

A Anual Avaliação Ministerial deu à ECOSOC uma importante ocasião para evidenciar os modelos de crescimento econômico que favorecem a criação de lugares de trabalho, que são sustentáveis, inclusivos e justo, e que podem ser adaptados às exigências especiais dos países, promovendo ao mesmo tempo a proteção social e os direitos no local de trabalho.

A sociedade civil foi convidada a participar nesse importante debate com intervenções escritas e orais que pedem a atenção dos Estados membros sobre questões que cada uma das Ongues propõe. Os Salesianos de Dom Bosco contribuíram com uma exposição escrita e oral sobre o tema do emprego juvenil, preparado pelo salesiano P. Thomas Brennan, desde 2007 Consultor da ECOSOC.

Na exposição escrita, após exarar as informações de base sobre o andamento do emprego juvenil, o P. Brennan evidenciou dois exemplos de programas, promovidos pelos salesianos para a formação ao trabalho digno dos jovens, sobretudo para aqueles econômica e socialmente necessitados. O primeiro é o “Dom Bosco Tech”, rede de 125 Centros de Formação Profissional espalhados por 25 Estados da Índia, a maior Ongue empenhada na formação, na Índia. O seu ambicioso objetivo, de ministrar formação profissional e inserção no trabalho a 2.000.000 (dois milhões) de jovens, no espaço de dez anos, está-se a realizar. O segundo é o trabalho do Centro Nacional Obras Salesianas – Formação Atualização Profissional (CNOS-FAP), da Itália, que promove a parceiragem entre os centros de formação profissional e as empresas particulares, como Fiat, Schneider, Siemens, Bosch. Atualmente são cerca de 25.000 os jovens que trabalham depois de ter frequentado os cursos de formação profissional.

O P. Brennan, durante sua exposição oral, propôs mais algumas recomendações: oferecer aos jovens as habilitações necessárias para empenhar-se numa “green economy”; promover a colaboração entre os governos, empregadores, sindicatos e institutos de formação técnica; formar os jovens na área empresarial e nas habilitações técnicas; e atuar e aplicar a legislação que prevê um salário mínimo, assistência sanitária e tutela dos direitos dos jovens trabalhadores, garantindo-lhes segurança e pondo um fim à sua exploração.

Publicado em 26/07/2012