(ANS – Addis Abeba) – Permanece grave e preocupante a condição de milhares de pessoas ameaçadas pela seca na Etiópia.  O VIS – Voluntariado Internacional para o Desenvolvimento, ONG PROMOVIDA PELO Centro Nacional de Obras Salesianas, continua o seu trabalho na “Somaly Region”, no flanco oriental da Etiópia. Ainda mais crítica é a condição dos refugiados somalis nos campos etíopes. Risco de uma nova emergência também em outras áreas do país.

“Por causa da seca, pessoas e animais morrem cada dia. – Narra Gloria Paolucci, responsável pelos projetos VIS   NA Etiópia. – Nem sequer os camelos, animais tradicionalmente habituados a enfrentar este tipo de emergência, sobrevivem e isto é o sinal do quanto é crítica a seca deste ano”. Outro sinal é o fato de que no passado  os pedidos de caminhão tanque para a distribuição da água provinham de 10-15 distritos em 51 da Região da Somália; este ano, todos os distritos estão pedindo ajuda.

Juntamente com Rapid – ONG etíope com a qual o VIS colabora faz anos na região – os voluntários do VIS estão distribuindo água em dois dos distritos mais atingidos, fretando um caminhão tanque de 10 mil litros. Em diversos pontos, de acordo com as autoridades locais, se distribuem, pela manhã er à tarde, 2 litros de água por pessoa para um total de 5 mil pessoas; mas os pedidos são urgentes também por outro distrito. “Apenas chegando os primeiros financiamentos nos prepararemos para o terceiro distrito” declara a sra. Paolucci.

Na região está se criando um ulterior emergência representada pelos refugiados somalis. Testemunha a sra Paolucci: “Chegam 800, 1000, 1500 até ao ponto de 2000 pessoas ao dia e para nos campos na área de Dolo Addo. Na semana foi aberto o quarto campo de refugiados e se prevê que no giro de 30/40 dias também este estará cheio’. Muitos dos refugiados, contudo, morrem à espera de serem incluídos nas listas, enquanto  param nos campos de pré-asilo.

O VIS , que em 2009 se ocupara na gestão dos campos de pré-asilo de Lafaissa, salvando muitas vidas humanas, é sempre solicitado pelas autoridades locais para tomaram a responsabilidade da gestão destes campos. Felizmente na região há poços de água; a dificuldade diz respeito ao deslocamento de muitos produtos de primeira necessidade não presentes no lugar e que devem  vir de Addis Abeba.  

Nem no sul do país, em Dilla, a situação é positiva; a seca ainda não debilitou a população, mas as chuvas escassas que caíram não resolvem o problema. A pouca água, de fato, consegue fazer germinar a erva, mas não é suficiente para fazer crescer  o cultivo de milho e café, que assim são destinados a se estragar.

O VIS adere e sustenta o apelo pela África oriental lançado por AGIRE, Agência Italiana de Resposta às Emergências, para garantir o necessário socorro e sustentar as atividades de emergência das nove ONG, entre as quais, o VIS, já presente nos países atingidos do Chifre da África.

Publicado em 09/08/2011