A ópera rock foi composta pelo italiano Daniele Ricci e foi traduzida pelo P. Pedro Pereira Borges, que trabalha na Pastoral da Universidade Católica Dom Bosco. As músicas foram trabalhadas por Marina Kelly, ficando a cenografia sob a responsabilidade de Raquel Teixeira.
Com músicas baseadas nos evangelhos, o Musical apresenta a história dos últimos dias de Jesus até a sua Ressurreição. A história começa com o conluio dos sacerdotes visando eliminar Jesus. A partir daí no musical sucedem-se momentos de solidão de Jesus, a dor de sua Mãe, o sofrimento dos seus amigos pela intensidade da sua condenação, crucifixão e morte.
De repente, no meio da tristeza, acontece algo que a história não é mais capaz de contar: Aquele que morreu, ressuscita. Nem mesmo os amigos que haviam convivido com Ele antes de sua paixão e morte entendem o que está acontecendo. E seguem-se as aparições do Senhor, primeiro às mulheres, depois aos discípulos.
O musical acentua a figura feminina, sensível e intensa, capaz de romper as fileiras dos soldados, de chegar perto de Pilatos para pedir a libertação de Jesus. Elas se alegram com a entrada de Jesus em Jerusalém, questionam o fato de que no momento em que Jesus mais precisava dos amigos, eles o abandonam. Choram porque, até após a sua morte, parece que roubam o corpo de Jesus.
Dentre os discípulos, o caso Tomé se torna mais intenso, porque sua dor interior o leva a questionar os acontecimentos da paixão e da morte de Jesus; até mesmo as notícias de sua ressurreição. Para ele, tudo “é muito bonito para ser verdade”.
Quando Tomé menos espera, Jesus lhe aparece, como aparece a toda a Comunidade reunida. A presença de Jesus ressuscitado leva paz a todos e, do mesmo jeito que a história começou, os discípulos, as mulheres e os amigos de Jesus explodem de alegria: “Ressurgiu! O Senhor está vivo conosco!”.
A partir desse momento, eles têm a certeza de que ‘o céu desce como brisa suave entre nós’. O musical foi realizado como momento de evangelização da juventude e do povo de Deus, disse Dom Vittório Pavanello SDB, Arcebispo de Campo Grande. E atingiu o seu propósito. A celebração da Semana Santa foi, assim, coroada com a certeza de que a evangelização atinge o seu ponto máximo na alegria da Ressurreição de Jesus.
Publicado em 02/05/2011