O ’Borgo Ragazzi Don Bosco` nasceu no pós-guerra para acolher os milhares de meninos e rapazes órfãos, vítimas da Segunda Guerra Mundial, chamados “sciuscià” (engraxates) pelo trabalho ocasional que quase todos faziam como engraxates, admiravelmente descritos por Vittorio De Sica no filme homônimo de 1946. O `Borgo Ragazzi Don Bosco` é hoje, para muitíssimos rapazes em situação de risco, uma casa, uma escola e um laboratório, que oferece serviços educativos.
Nos últimos anos, vai aumentando o número de adolescentes italianos e estrangeiros das periferias urbanas, que vivem sob mui variadas formas uma angustiante problemática: evasão escolar, adesão a percursos de perversão, abandono pela família de origem, marcada conflituosidade entre imigrados, marginalização e exclusão social. Muitos deles acabam num circuito penal para crianças e adolescentes, entrando num verdadeiro labirinto e interminável seqüela alternante de bons propósitos e recaídas.
Variados os serviços oferecidos pelo `Borgo Ragazzi Don Bosco`: um Centro de Formação Profissional, um Centro Recreativo Permanente e Estivo, um Centro de Orientação ao Trabalho, um centro de acolhimento para adolescentes (Lar), um Movimento Familiar, um Centro de Atendimento Psicopedagógico para adolescentes, um ‘grupo de apartamento’ para jovens que apenas atingiram a maioridade.
O Borgo insere-se num território – bairro ‘Centocelle’ – definido pelo Ministério do Interior em situação “de risco”, vista a acentuada degradação sociocultural e ambiental, que pode levar a juventude que aí vive a possíveis desvios.
O centro salesiano dá apoio psicoeducativo e recuperação escolar, através dos projetos educativos personalizados, pensados para acompanhar cada criança e adolescente, num específico percurso, respeitoso dos seus tempos e das experiências vividas anteriormente: cursos de alfabetização, recuperação da ‘licença média’, cursos básicos de mecânica, eletricidade, auxiliar de cozinheiro, garçom. E outros.
Há no `Borgo Ragazzi Don Bosco` uma realidade particular: a casa família, com número limitado de meninos e meninas em situação de desamparo pessoal e familiar, prejudicial ao seu crescimento e realização. A inserção na comunidade é temporário: os agentes acompanham os jovens também durante a volta à família de origem, a custódia familiar ou a adoção.
A experiência do `Borgo Ragazzi Don Bosco` é contada em vídeo – “Roma, il Borgo degli Sciuscià” – realizado por ‘Missões Dom Bosco-Mídia Centro de Turim’ e disponível na plataforma http://www.donbosco-humanrights.org
Publicado em 16/01/2009
