(ANS – Nairóbi) – O seção para o trabalho do “Don Bosco Development Office Nairóbi” (DBDON) é uma secretaria para recrutamento e colocação de Jovens em trabalho. A sua tarefa principal é criar e fortalecer os laços entre empregadores e institutos de formação salesianos, na ótica de colher todas as oportunidades disponíveis em favor dos jovens.

Um dos principais desafios para a juventude africana é a falta de uma adequada educação, de conhecimentos e habilitações necessários para melhorar as opções de inserção no mercado de trabalho. Ao tempo mesmo, existem também outros complexos vínculos estruturais e fricções: p. ex., há jovens que entram para o mercado de trabalho e estão prontos para assumir qualquer tipo de trabalho contanto que lhes ofereça sobrevivência imediata. Esses jovens podem facilmente ser cooptados para finalidades maléficas. Esse entretanto não é um final necessário se os jovens forem preparados para entrar no mundo do trabalho através da economia informal e regularem consequentemente os seus estilos de vida.

Os agentes da Seção de Empregos efetuam frequentes visitas de acompanhamento, para controlar os progressos dos alunos que já trabalham em várias empresas. Essas visitas têm também a finalidade de criar maior confiança entre as empresas e as instituições salesianas, e de resolver os conflitos que possam surgir entre os ex-estudantes salesianos e os empregadores.

Atualmente os resultados são satisfatórios: 75% do total dos alunos interessados fizeram contatos de trabalho no espaço de seis meses; enquanto que aqueles que não encontram oportunidade de trabalho optam por iniciar e administrar uma sua atividade própria com sucesso. A Seção de Emprego colabora além disso com algumas agências internacionais de recrutamento, encontrando até desfechos laborais internacionais para mais de 10 ex-estudantes salesianos.

Há todavia também desafios por vencer:

• a maior parte das indústrias encontram-se nas áreas mais urbanizadas do Quênia, e para a maior parte desses estudantes, o alto custo de viver em cidade é um fator de desalento na busca de oportunidades de trabalho;
• o emprego de refugiados, do campo de refugiados de Kakuma, é problemático, mesmo quando os refugiados tenham habilitações, porque lhes pedem uma ‘permissão de trabalho’ antes de serem colocados nas empresas interessadas;
• o pedido de experiências de trabalho anterior é um obstáculo também para os jovens recém-diplomados nos Institutos salesianos;
• com frequência faltam instrumentos ou capitais idôneos para iníciar empresas para aqueles alunos que desejam montar a sua, visto que as exigências por parte dos Institutos de crédito são por demais elevadas para os jovens;
• outros desafios derivam de ‘onde achar o espaço adequado no mercado do trabalho’, visto que alguns ofícios são mais solicitados que outros.

Publicado em 25/02/2015