(ANS – Madri) – A ‘Secretaria de Estado para a População, os Refugiados e a Migração dos Estados Unidos’ atribuiu uma sub-concessão à Procuradoria Missionária de Madri, a fim de que, pelo quinto ano consecutivo, desenvolva o seu Projeto “Novos Inícios”. O projeto, situado no estado indiano do Tâmil Nadu, ajuda os refugiados do Sri Lanka de etnia tâmil, e através dele, até hoje, perto de 2.500 refugiados receberam bolsas de formação.

A Procuradoria Missionária Salesiana de Madri desenvolveu o seu projeto “Novos Inícios” em 2010, dirigido a jovens – homens e mulheres – refugiados do Sri Lanka, que vivem nos campos de refugiados em diversos distritos da Índia. Os Salesianos oferecem formação, todos os anos, a cerca de 700 pessoas, através de uma rede de 9 escolas salesianas, distribuídas pelo sul da Índia. Entre essas pessoas, além disso, há cerca de 500 mulheres que se beneficiam de programas para a criação e início de pequenas empresas nos campos (de refugiados).

O programa oferece formação prática, através de capacitação profissional e técnica, que se traduz num trabalho retribuído, o que permite aos alunos sustentarem suas famílias.

“Jovens que uma vez trabalhavam como pintores ou em trabalhos não-qualificados em construções recebendo como paga um único dólar ao dia, passaram a encargos técnicos nas empresas locais e regionais através desse Programa” – explica Neill Olanda, responsável pelo projeto. “Alguns usaram sua formação para deslocar-se para fora da zona local, rumo a empresas tecnológicas e a casas automobilísticas, do Centro industrial de Chennai”.

O programa promove a igualdade de gênero e oferece oportunidades às mulheres, ajudando-as se preferirem quer a procurar emprego em alguma empresa local, quer se quiserem a ficar em casa com os filhos pequenos, embora continuando a participar das atividades impreenditoriais. De fato, graças ao projeto salesiano “Novos Inícios”, as mulheres empresárias estão em condições de oferecer, como grupo, os seus produtos às empresas locais sem descuidar das suas famílias.

As mulheres com crianças pequenas com freqüência relutam a deixar os campos de refugiados para frequentar a escola de formação. Para enfrentar essa realidade, a Procuradoria de Madri criou um programa que leva a formação aos campos (de refugiados). As mulheres podem aprender a fazer bijuteria, corte e costura, e são-lhes oferecidos também cursos de administração de pequenas empresas.

O programa ajuda também as mulheres participantes a montar cooperativas, enquanto um programa de microcrédito as apoia na compra de novos aparelhos.

Publicado em 20/01/2015