(ANS – Tucumán) – No dia 3 de dezembro celebrou-se o Dia internacional das pessoas com Deficiência, instituído pelas Nações Unidas (ONU) em 1992, para aumentar a consciência acerca da importância de integrar e aceitar quem convive com alguma deficiência. O jornal argentino “La Gaceta de Tucumán” racontou recentemente três histórias de jovens com capacidades diferentes que são um ótimo exemplo de empenho, amor e luta pela integração social.

Santi, Romi e Conti são três diplomados da Província de Salta. Terminaram há pouco o colegial e com o atestado, que receberão justamente nestes dias, serão um dos exemplos mais tocantes na Província em termos de inclusão, trabalho de equipe, força de vontade, otimismo, alegria. São estes os pensamentos de Irma Arganaraz, Diretora da “Fundación Colibrì”, ongue que, há 14 anos, insiste num conceito que já deveria ter sido adotado por toda a sociedade: a integração.

“O objetivo é que todos possam levar avante suas vidas com plenos direitos, como qualquer outro cidadão” – explica a Diretora, a respeito do trabalho desenvolvido pela Fundação com as pessoas com síndrome de Down, suas famílias e “a quantas mais pessoas possamos chegar”.

Os três rapazes não se diplomaram em escolas especiais. Santi terminou os estudos no Instituto Juan Calchaqui, Romi na Escola Domingos Sávio. E Conti no “São Rafael”.Custou-lhes muito. Muitas as dificuldades. Promover-se todos os anos requereu um grande esforço: como para qualquer adolescente. Mas conseguiram. Dizem que lhes faltarão a escola e os colegas de aula, mas não escondem a satisfação de ter completado o colegial.

Santi sonha ser músico, como o seu ídolo Pablo Lescano. Romi quer casar e voltar a trabalhar no Registro Civil. Conti quer ser Professora de ‘Jardim de Infância’ e trabalhar com crianças.

Irma, a Diretora, os conhece faz muito. Mas comove-se assim mesmo e os encoraja a seguir seus projetos. Insiste com três palavras: “Sim, é possível”. E elenca: “Podem estudar, podem sair sozinhos, podem trabalhar, podem formar uma família... Como nós!”.

Para a Diretora da ongue, a coisa mais importante é que a sociedade compreenda que a questão não é “tratar” as pessoas com deficiência como pessoas normais, mas “dar-se conta de que são pessoas normais”.

“O colibrì deve bater as asas muito mais que os outros pássaros... Mas chega! Sempre chega!” – conclui.

Publicado em 10/12/2014